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Professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa. Onde leciona: ETEC JACINTO FERREIRA DE SÁ EE Horácio Soares /Ourinhos Formação Academica Pós-graduada em Gestão Escolar Licenciada em Pedagogia

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

semana leitura: Monte Castelo / Renato Russo

Esta semana na ETEC de Ipaussu foi a minha vez de contribuir com o projeto "Leitura na Escola". Assim, os alunos do 3º C, em grupos, escolheram do livro didático que haviam recebido no mesmo dia, um texto para ser lido em sala de aula. Logo após, foi realizada uma votação para eleger o texto mais bonito. E a letra da música Monte Castelo, lida pela aluna Débora, ganhou disparado. E não à toa, pois realmente essa canção é muito profunda, muito linda.

O compositor Renato Russo fez uma genial intertextualidade com o poeta Luís de Camões "Amor é um fogo que arde sem se ver" e também com o texto bíblico "O amor é um dom supremo", escrito pelo apóstolo Paulo à igreja de Corinto.

Há também a alusão do título com a batalha da Segunda Guerra Mundial, vencida por soldados da Força Expedicionária Brasileira; batalha na qual, apesar da vitória, ocorreu uma baixa de 1000 pracinhas.

Enfim, nessa música, a intertextualidade foi aplicada de forma muito rica. Renato Russo apropria-se de dois famosos textos sobre o "amor" e constrói, a partir deles, a sua mensagem para uma geração que, talvez, induzida pela cultura rebelde dos anos 80, não estivesse muito a par de dois escritores tão distantes desse novo mundo do século XX e sua mensagem de sexo, drogas e rock roll.

Confira abaixo a letra:

Monte Castelo / Renato Russo

Ainda que eu falasse

A língua dos homens

E falasse a língua dos anjos,

Sem amor eu nada seria.

É só o amor! É só o amor

Que conhece o que é verdade.

O amor é bom, não quer o mal,

Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse

A língua dos homens

E falasse a língua dos anjos

Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É um não contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É um ter com quem nos mata a lealdade.

Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem.

Todos dormem. Todos dormem.

Agora vejo em parte,

Mas então veremos face a face.

É só o amor! É só o amor

Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse

A língua dos homens

E falasse a língua dos anjos,

Sem amor eu nada seria.


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