Quem sou eu

Minha foto
Professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa. Onde leciona: ETEC JACINTO FERREIRA DE SÁ EE Horácio Soares /Ourinhos Formação Academica Pós-graduada em Gestão Escolar Licenciada em Pedagogia

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Alunos Destaque 1º Bimestre 2011




Olá queridos alunos:

O primeiro bimestre chegou ao fim. Depois de tantas explicações, definições, aulas de gramática, literatura e redação, exercícios, trabalhos, provas, recuperações, puxões de orelhas... kkk
Estamos exaustos né galera? Mas não podemos desanimar, pois temos muito o que aprender ainda.
Quero deixar meus parabéns aos alunos que se empenharam nos estudos nesse bimestre e conseguiram alcançar seu mérito. São alunos como vocês que motivam o trabalho do professor:

1º A

Fábio Silva Franco da Rocha
Andre Luis Cecatto
Leticia de Oliveira Silva

1º B

Jorge Augusto
Amanda Rissuto Pauli

1º C
Joice Andrade
Jaqueline Helena Lopes
Gustavo Luciano Motta


2º A

Amanda Carla Feliciano
Ana Claudia Donato
Ana Paula Donato
Bruna Eduardo
Tamires de Souza Castilho

2º B
Carolina da Silva Guidio Cachoni
Gustavo Francisco Grilo
Renan Carlos Silverio

3º A

Ana Maria Soares de Moura
Caio Augusto Mendes de Andrade
Carimi Fraza Mira
Daniele Demarchi

3ºC

Camila Nunes de Proença
Jessica Galdin
Kelly Maiara Lopes Carreiro
Marcos Giovane Evangelista
Washington Luis de O. Felisberto


Parabéns a todos ! E lembrem-se:

"Há cinco degraus para se alcançar a sabedoria: falar no momento certo, calar quando necessário, ouvir sempre, lembrar de tudo e de todos, respeitar a todos , estudar para crescer. (provérbio Árabe)

Abraços,

Profª Adri@na

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ROMANTISMO


Em Portugal

Durante o século XIX, Portugal participou de grandes transformações políticas européias.
Nesse período as primeiras manifestações pré-românticas aconteceram, mas o Romantismo só teve início no final dos anos 20.

O introdutor do Romantismo em Portugal é Almeida Garrett, essa nova escola dominará até a década de 60.
Conforme se sucederam as gerações dos autores o Romantismo foi evoluindo, isso se deu em três momentos:

* Primeira geração romântica portuguesa

- Sobrevivência de características neoclássicas.
- Nacionalismo
- Historicismo, medievalismo

Principais autores:

- Almeida Garrett

Obras:
Poesia: Camões (1825); Dona Branca (1826); Lírica de João Mínimo (1829); Flores sem fruto (1845); Folhas caídas (1853).
Prosa: Viagens na minha terra (1843-1845); O Arco de Santana (1845-50).
Teatro: Catão (1822); Mérope (1841); Um Auto de Gil Vicente (1842); O alfageme de Santarém (1842); Frei Luís de Sousa (1844); D. Filipa de Vilhena (1846).

- Alexandre Herculano
Obras:
Polêmicas e ensaios: A voz do profeta (1836); Eu e o clero (1850); A ciência arábico-acadêmica (1851); Estudos sobre o casamento civil (1866); Opúsculos (10 volumes, 1873 – 1908)
Historiografia: História de Portugal (1846-1853); História da origem e estabelecimento da Inquisição em Portugal (1854-1859).
Poesia: A harpa do crente (1838).
Prosa de ficção: Eurico, o presbítero (1844); O monge de Cister (1848); Lendas e narrativas (1851); O bobo 1878 publ. póst.)

- Antônio Feliciano de Castilho


* Segunda geração romântica portuguesa

- Mal do século
- Excessos do subjetivismo e do emocionalismo românticos.
- Irracionalismo
- Escapismo, fantasia
- Pessimismo

Principais autores:

- Camilo Castelo Branco
Obras: Carlota Ângela (1858); Amor de perdição (1862); Coração, cabeça e estômago (1862); Amor de salvação (1864); A queda dum anjo (1866); A doida do Candal (1867); Novelas do Minho (1875-77); Eusébio Macário (1879); A corja (1880); A brasileira de Prazins (1882).

- Soares Passos

* Terceira geração romântica portuguesa

- Diluição das características românticas.
- Pré-realismo

Principais autores:

- João de Deus

- Júlio Diniz.
Obras:
Romance: As pupilas do senhor reitor (1867); Uma família inglesa (1868); A morgadinha dos canaviais (1868); Os fidalgos da casa mourisca (1871).
Conto: Serões da província (1870).
Poesia: Poesias (1873)
Teatro: Teatro inédito



Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco

Análise



a) Ação.

Domingos Botelho abandona Vila Real e vai fixar residência em Viseu, para onde fora nomeado correge-dor. Leva consigo mulher e filhos. Dois deles, Manuel e Simão, estudam em Coimbra.

Num palacete, separado de sua casa apenas por estreita viela, vive Tadeu de Albuquerque com sua filha Teresa, encantadora menina de 15 anos. O corregedor e o fidalgo, por questões de tribunal, odeiam-se ferozmente e proíbem os respectivos filhos de falarem uns com os outros.

Simão, filho mais novo do corregedor, é um estudante boémio e de ideias progressistas. Depois de uma reclusão de meses no cárcere académico, em Coimbra, vem passar o resto do ano lectivo na casa paterna. Vê Teresa e apaixona-se por ela. Sabendo que os pais de ambos se opõem ao casamento, resolve mudar de vida, estudar e formar-se para ter dinheiro e poder constituir um lar, sem depender dos progenitores.

Tadeu de Albuquerque, a par dos amores da filha, deseja a todo o transe consorciá-la com o primo de Castro d'Aire, Baltasar Coutinho. Teresa resiste tenazmente e coloca Simão ao correr de tudo. Este abandonou Coimbra e, para se encontrar com ela livre de suspeitas, hospeda-se na casa do ferrador João da Cruz.

De acordo com Teresa, Simão abeira-se, duas noites, do palacete onde ela mora, para lhe falar.

Baltasar descobre estas visitas nocturnas e faz uma espera a Simão. Simão, que se fazia acompanhar de João da Cruz e do almocreve, é ferido por dois criados do fidalgo de Castro d'Aire, que pagam com a vida o atrevimento.

O estudante convalesce em casa do João da Cruz, assistido por Mariana, filha do ferrador, que se apaixona por ele, sabendo-o muito embora perdido de amores pela outra.

Teresa, entretanto é encerrada num convento da cidade. Corresponde-se com Simão e diz-lhe que a vão afastar dali, internando-a no convento de Monchique, no Porto, e que fará a viagem acompanhada do primo Baltasar e irmãs. Simão fica desesperado com esta particularidade. Na hora da partida, aproxima-se do grupo. Trava-se de razões com Baltasar e mata-o com um tiro.

Teresa, abaladíssima por tudo o que acabara de acontecer, seguiu para Monchique. Simão foi encarcerado e Mariana, aflita, não o desampara; é o seu anjo bom no cárcere. Não obstante, Simão só vê no mundo uma mulher — Teresa. E Teresa, a definhar no convento, não pensa em outra coisa que não seja o amor de Simão.

E quase três anos se passaram com os dois amorosos detrás das grades: a filha de Tadeu de Albu-querque, por nada a prender ao mundo, e o filho do corregedor, aguardando sentença definitiva.

Simão é finalmente degredado para a índia e Mariana, já sem pai, não quer separar-se dele. Entram ambos no navio em frente de Miragaia. Num mirante do convento, está um vulto a acenar. É Teresa que se despede. Simão não retira os olhos dela. Mas, de repente, o vulto dela some-se.

O comandante do navio, que veio mais tarde a terra, comunicou a morte da filha de Tadeu de Albu-querque àquele que tanto a amava. Simão não parou de chorar e não resistiu a tamanha dor. Dias depois, perto de Gibraltar, lançaram-no ao mar, envolto num sudário. Mariana, como uma estátua de sofrimento, está junto da amurada. Ao mesmo tempo que o cadáver de Simão mergulha nas águas, abraçada nele vai também para o fundo uma mulher, que se atirara do navio. Ë Mariana. Um avental ficou a boiar e junto dele um maço de papéis: eram as cartas de Teresa e Simão.

A acção que acabamos de resumir tem como antecedentes o ódio que o romance denuncia, e o amor: o ódio entre as famílias Botelho e Albuquerque e o amor entre Simão e Teresa. O seu desenvolvimento resumiu-o Camilo nesta frase da Introdução, alusiva ao -protagonista principal: «amou, perdeu-se e morreu amando». Simão amou Teresa com loucura; assassinou Baltasar Coutinho, que se intrometera entre os dois apaixonados; morreu de amor a caminho do degredo.

Nesta fábula vislumbram-se todas as características clássicas da tragédia: poucas personagens a agir, acção interior intensa expressa sobretudo nas cartas trocadas entre os dois amorosos, uma certa fatalidade a predispor para a desgraça a Simão (que até fora baptizado em perigo de vida), um desafio dos filhos aos pais desavindos (hibris), o sofrimento dos protagonistas a crescer gradualmente (clímax), o autor com seus comentários a fazer de coro.

Ao lado da acção principal descobrem-se duas curtas acções marginais: o bosquejo histórico da família Botelho (cap. 1.°) e os amores adúlteros de Manuel e da açoreana (cap. 16).

b) Personagens.

As personagens de Amor de Perdição não diferem muito das criadas por Camilo noutros romances. Caracteriza-as o amor e a violência. A violência justificam-na com a defesa daquilo que supõem ser a honra ferida.

No triângulo amoroso Simão-Teresa-Mariana, os dois primeiros comparsas são de tipo vulgar, convencional. Teresa é o tipo normal de menina romântica da época, sensível, amorosa, frágil. Não tem outras possibilidades na vida senão escolher entre amar e morrer, pois não sabe fazer mais nada. Simão é já uma personagem mais prosaica e, por isso, bastante mais humana. Loucamente apaixonado a princípio, o tempo que passou na cadeia arrefeceu-lhe o entusiasmo amoroso. Quando lhe deram a escolher entre dez anos de prisão em Vila Real, onde poderia ser visitado por Teresa, e o degredo ao ar livre na índia, embora sem oportunidades de a ver, não hesitou: preferiu o ar livre longínquo à reclusão junto da amada (cfr. caps. 18 e 19).

Mariana é uma personagem diferente, rara. Determina-se no decorrer da obra para direcções talvez não previstas pelo autor, dedicando-se a um homem que sabia muito bem estar louco por outra, num amor-vassalagem aparentemente assexuado. Espécie de confidente e moderadora de impulsos passionais da fábula trágica que em Amor de Perdição se vislumbra, dá-se ares de mulher-forte. Dona de casa muito cedo, Mariana começou por ser para Simão uma espécie de mãe, deslizando logo para a situação de companheira amorosa, esperando contra toda a esperança unir-se ao infeliz moço que um dia lhe apareceu ferido em casa (cfr. cap. 18).

Albuquerque e Botelho são caracteres comuns da pequena fidalguia provinciana, dominados pela raiva e desejo de vingança. João da Cruz é um tipo bem urdido, espécie de bandido bom, disposto a tudo em prol dos amigos, mas sem escrúpulos nem remorsos perante o crime útil.

c) O espaço e o tempo.

Na parte introdutória da acção, o espaço dispersa-se por Vila Real, Lisboa, Cascais, Vila Real outra vez, Lamego, Coimbra e Viseu. Depois começa a reduzir-se aos arredores de uma cidade provinciana (Viseu), para ir ficando cada vez mais coarctado: celas do convento e da prisão, beliche de um barco.

Com o tempo sucede quase o mesmo. Sempre cronológico e contínuo, é a princípio vertiginoso, abarcando quatro décadas em poucas páginas, para se ir retardando depois cada vez mais na intriga propriamente dita, que abrange três anos. O ritmo narrativo rápido do capítulo primeiro passa logo a lento até quase atingir a intemporalidade no fim da obra, projectando-se no pensamento dos amorosos para além da morte.

d) Ponto de vista do narrador.

O subtítulo da obra — Memórias de uma Família — parece sugerir-nos que Camilo pretendia, talvez em novelas sucessivas, fazer toda a história dos Botelhos. A intriga assenta em factos reais: Simão Botelho existiu na realidade e foi preso (mas por ter ferido um criado de José Cardoso Cerqueira); foi julgado e o pai intercedeu por ele e foi condenado a degredo para a índia (mas não morreu na viagem — chegou lá em 7-11-1807); teve um irmão chamado Manuel que desertou e foi encoberto pelo pai. Todavia como se vê, os factos reais foram totalmente adulterados na novela. Algumas personagens são pura invenção.

O autor narra na terceira pessoa e, uma vezes, é omnisciente come se estivesse dentro das personagens e no meio dos acontecimentos; outras vezes, porém, confessa ter tido notícia do que conta através de cartas que transcreve (mais de uma dúzia) e até através de apontamentos ras¬cunhados por Simão.

As descrições são poucas e sumárias (convento de Viseu, ambiente que cerca Simão na altura do assassinato de Baltasar, o panorama do Porto visto da janela da prisão). Só em traços muito vagos é que sugere o retrato das personagens. Predominam o diálogo e a narração.

As peripécias são expostas com muita rapidez e economia de vocabulário, que está reduzido ao mínimo essencial da comunicação, com predomínio de substantivos e verbos. A linguagem é retórica quer nos diálogos amorosos quer nos comentários do autor; no resto, como habitualmente no estilo camiliano, ora se reveste de eruditismo literário ora baixa ao nível popular, segundo as personagens que a usam. Alterna em toda a novela a prosa narrativa com a prosa poética, esta em evidência sobretudo nas cartas de amor.












terça-feira, 12 de abril de 2011

Noções de versificação

Versificação é o conjunto de normas que regulariza a construção do verso medido. A versificação se faz através da contagem de sílabas, que aliás é diferente da contagem da sílaba gramatical.

Na contagem da sílaba gramatical, levamos sempre em consideração a grafia. Já na contagem da sílaba poética levamos em consideração a pronúncia. Assim, ao levarmos em consideração a pronúncia, devemos obedecer algumas regras da escansão. Vejamos quais são:

- uma vogal final de uma palavra, pode se juntar à vogal inicial da palavra seguinte, em uma única sílaba, como ocorre quando falamos.

- contamos até a sílaba tônica da última palavra de cada verso.

Mas, você sabe o que são versos e estrofes?

Verso é cada linha de um poema e Estrofe é o conjunto de versos.

Os versos podem ser classificados como:

- verso livre - aquele que não se submete à contagem de sílabas métricas

- verso metrificado - aquele que se submete à contagem das sílabas métricas. Assim temos versos de cinco sílabas poéticas, conhecido como redondilha menor, os de sete sílabas poéticas, conhecido como redondilha maior, os decassílabos /10 sílabas e os Alexandrinos/12 sílabas.

Ainda temos a rima nos poemas , que é a igualdade ou semelhança dos sons nas últimas vogais acentuadas (e fonemas que se seguem) de vários versos:- empararelhadas (aabb), cruzada ou alternada (abab), interpolada (b--b)


Ins | pi | ra | do^a | pen | sar | em | teu | per | fil | di | vi | (no)

verso dodecassílabo: 12 sílabas poéticas

Os gêneros literários

O texto literário se organiza em gêneros literários, que são divididos em dois grupos: textos em verso, textos em prosa.

Os textos em verso são os poemas, aqueles que são formados por versos; os textos em prosa são aqueles construídos em linha reta, organizados em frases, parágrafos, capítulos, partes etc.

Gênero narrativo

O termo “narrar” vem do latim “narratio” e quer dizer o ato de narrar acontecimentos reais ou fictícios. Faz parte desse gênero: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula, etc. Todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem?, que? quando? onde? por quê?. Vejamos a seguir os principais recursos que não pode faltar nesse gênero:

Narrador: é o que narra a história, pode ser onisciente (terceira pessoa, observador, tem conhecimento da história e daspersonagens, observa e conta o que está acontecendo ou aconteceu) ou personagem (em primeira pessoa; narra e participa da história e, contudo, narra os fatos à medida em que acontecem, não pode prever o que acontecerá com as demais personagens).

• Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas experiências e ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos) ou psicológico (memória de quem narra, flash-back feito pelo narrador).

• Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem.

• Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução, ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho.

• Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, se encadeiam os fatos que geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas.


Gênero lírico

O gênero lírico é o texto onde há a manifestação de um eu lírico, esse expressa suas emoções, idéias, mundo interior ante o mundo exterior. São textos subjetivos, normalmente os pronomes e verbos estão em 1ª pessoa e a musicalidade das palavras é explorada.

Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os pulsos e os punhos cortados
E o resto do meu corpo inteiro.
(Titãs)


Gênero épico

Nos textos que pertencem ao gênero épico há a presença de um narrador que conta uma história que envolve terceiros.
Os textos épicos narram a história de um povo ou de uma nação, geralmente são textos longos envolvendo viagens, guerras, aventuras, gestos heróicos e há exaltação de heróis e seus feitos.

Gênero dramático

O gênero dramático expõe o conflito dos homens e seu mundo, as manifestações da miséria humana. Os textos que são produzidos com o intuito de serem dramatizados pertencem ao gênero dramático, assim, os atores fazem o papel das personagens.

Os níveis de leitura


Ler é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretação dos símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e incorporando-o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo mantenha um comportamento ativo diante da leitura.
Há diferentes níveis de leitura, mas trataremos de dois, que considero a base para os demais:

- Leitura Horizontal: que se limita à compreensão, o leitor apreende o significado literal (real), ou seja, apreende aquilo que o texto diz.

- Leitura Vertical - requer do leitor sua interpretação. Assim, o leitor deve buscar aquilo que o texto quer dizer, que se encontra implícito, nas entrelinhas.


O texto literário e não-literário

As funções da linguagem ajudam a diferenciar um texto literário de um texto não-literário.

Para considerar se um texto é ou não literário, é preciso analisar sua função predominante, isto é, qual é seu objetivo principal.

Se for informar de modo objetivo, de acordo com os conhecimentos que se tem da realidade exterior, ou se tiver um compromisso com a verdade científica, o texto não é literário, mesmo que, ao elaborar a linguagem, seu autor tenha feito uso de figuras de estilo, utilizado recursos estilísticos de expressão. A função referencial predomina no texto não-literário.

Já o texto literário não tem essa função nem esse compromisso com a realidade exterior: é expressão da realidade interior e subjetiva de seu autor. São textos escritos para emocionar, que utilizam a linguagem poética. Função emotiva e poética predominam no texto literário.

São esses os critérios que devemos considerar ao analisar e classificar um texto em literário e não-literário.

Exemplos de textos não-literários são: notícias e reportagens jornalísticas, textos de livros didáticos de História, Geografia, Ciências, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas de remédio.
Exemplos de textos literários são: poemas, romances literários, contos, novelas.

fonte: www.klickeducacao.com.br


Conceito de Literatura


As palavras são novas...

As palavras são novas: nascem quando
no ar projectamos em cristais
De macias ou duras ressonâncias
Somos iguais aos deuses, inventando
na solidão do mundo estes sinais
como pontes que arcam as distâncias. (José Saramago)





LITERATURA

O que é literatura?

É a arte que utiliza a palavra como matéria-prima de suas criações . Assim, o escritor utiliza as palavras para compor uma realidade nova, mesclando muitas vezes ficção e realidade.

José Saramago, escritor português sabia bem utilizar sua principal matéria-prima: as palavras. Nesse poema, Saramago utilizou um tipo de linguagem com que se procura interpretar e explicar qualquer outra linguagem - a metalinguagem. Explicando melhor, o escritor utilizou as próprias palavras para explicar sua definição.


FUNÇÕES DA LITERATURA

Para que serve a literatura? Essa talvez seja a pergunta que paira na cabeça de muitas pessoas. Bem, a resposta para essa pergunta pode variar com o tempo e com as pessoas. A função de uma obra literária dependerá dos objetivos e intenções do autor. Mas os leitores também tem diferentes maneiras de ler. O motivo para se abrir um livro pode variar e muito. Vejamos as funções mais conhecidas da literatura:
- Entretenimento: tipo de leitura por divertimento, distração, função evasiva.
- para adquirir conhecimento, informação
- Reflexão - tipo de leitura que nos fazem refletir e construir nosso próprios pensamentos e argumentos.

Outras quatro funções da literatura:

- Catártica: literatura que consegue mexer com os nossos sentimentos, ou seja, faz aflorar nossas emoções.
- Estética: literatura para ser admirada, contemplada. Um bom exemplo seria uma pintura ou um poema.
- Cognitiva - literatura para transmitir informação. Um bom exemplo seria o estudo de um estilo literário.
- Político-social- aquela que explora nosso senso crítico, nos ajudando a formar opiniões próprias.
-